Tim Vieira, o candidato a PR que acredita nos portugueses

Nascido na África do Sul, filho de pais portugueses emigrantes, acabou por interromper a licenciatura em Gestão e Administração de Empresas para iniciar o seu percurso de empreendedor.

Mais tarde, acabaria por regressar à Academia, tanto para a sua formação pessoal como, em 2023, para se tornar CEO da Brave Generation Academy, uma escola internacional, sediada em Portugal, e reconhecida pelas principais universidades mundiais.

Em 2015 tornou-se uma figura conhecida em Portugal através do programa televisivo “Shark Tank Portugal”. Em resposta à pandemia da covid-19, lançou a plataforma “Escolhe Portugal”, com o objetivo de facilitar a interação entre empresas e consumidores.

Com a família, deu a volta ao mundo em 118 dias. Mantém investimentos estratégicos em setores como agricultura, energia, turismo, imobiliário ou produção cinematográfica.

Há um ano, anunciou a sua candidatura à Presidência da República Portuguesa. Em entrevista à PME Magazine, Tim Vieira explica que a motivação do seu passo deve-se ao potencial do país e dos portugueses. “Decidi concorrer porque acredito que os portugueses podem ir muito mais longe e que Portugal pode ocupar um espaço internacional diferenciador, pela inovação, pelo empreendedorismo, tirando partido do enorme potencial que temos”, afirma o empresário e candidato ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa.


Em que momento e circunstâncias é que tomou a decisão de se candidatar à Presidência da República de Portugal?

Eu acredito profundamente nos portugueses, na sua capacidade e no potencial do nosso país.

Decidi concorrer porque acredito que os portugueses podem ir muito mais longe e que Portugal pode ocupar um espaço internacional diferenciador, pela inovação, pelo empreendedorismo, tirando partido do enorme potencial que temos. Os portugueses têm ocupado dos lugares mais importantes internacionalmente, há todo um potencial da Portugalidade que está por explorar, e não é com as fórmulas do costume, ou com os mesmos de sempre, que vamos conseguir tirar o máximo potencial do país.

Os portugueses precisam de um Presidente da República que incentive, que ajude e que dê o exemplo do que podemos conseguir.


Que características e experiências de vida o tornam o “coração da mudança”?

 Sou um filho de Portugal. Nasci numa família emigrante e conheço profundamente as nossas potencialidades, em Portugal e lá fora. Acredito no potencial dos jovens, dos estudantes e de quem trabalha para impulsionar o sucesso do país. É preciso mudar, porque para criar oportunidades temos de fomentar o empreendedorismo e apostar nos projetos das pessoas. Para Portugal crescer, temos de fazer diferente, temos de garantir que todos têm a oportunidade de realizar os seus sonhos.

Os portugueses conseguem alcançar tudo o que quiserem.

Tudo o que eu alcancei ao longo da minha vida foi resultado do meu esforço, empenho e dedicação. Os portugueses conseguem alcançar tudo o que quiserem e eu quero fomentar o nosso espírito e características únicas. Nós devemos ser o motor da mudança e da inovação no nosso país. O coração da mudança somos nós os portugueses que desejam e que estão empenhados em tirar o máximo partido daquilo que nos torna únicos, a Portugalidade.


Não tem medo da sua inexperiência em política?

Criei o meu primeiro negócio aos 18 anos. Todos os jovens portugueses que têm emigrado para tirar o máximo potencial das suas capacidades e potencial, de certeza que têm medo, mas avançam na mesma. A esmagadora maioria dos portugueses não tem culpa da situação a que o país chegou.

Nas próximas presidenciais as pessoas vão ter de fazer uma escolha, quem quer mais do mesmo, políticos sem experiência profissional, comentadores televisivos, vão poder escolher entre outros candidatos. Quem quiser mudar, quem acredita que é possível fazer mais, vai poder votar em mim. A experiência política não é garantia para o sucesso do país.


Que mais valia traz sendo apartidário?

Quando chegamos à campanha todos dizem que são independentes, todos suspendem militâncias, mas durante o mandato fica claro que estão de um dos lados da barricada.

É importante identificar o que as diferentes forças políticas têm de bom e aproveitar as boas ideias de todos, representar todos e não apenas um partido. É dever de um Presidente da República representar os onze milhões de portugueses pelo mundo inteiro.

Não ter um partido político associado permite-me representar de forma imparcial e unificada todos os portugueses. É preciso fazer acontecer sem ficar à espera de sensibilidades do partido.


Como é que a sua experiência como investidor e empresário o pode aproximar e representar os portugueses?

Eu construí todos os meus projetos. Conheço a realidade de Portugal e do estrangeiro. Sei o que é ser emigrante e trabalhar para pagar as contas, sei o que é gerir uma empresa, pagar ordenados, e investir. Ou seja, sou um português que conhece a realidade da esmagadora maioria das pessoas. Eu não vim de um berço de ouro, nem dependo do Estado. Por isso, diria que ao contrário dos políticos que referiu, eu realmente represento os portugueses.


Se vencer as eleições, que perfil de presidente será?

Serei um presidente transparente, que representa a Portugalidade.

Nós somos um país democrático e tolerante, com uma economia que necessita de investimento estrangeiro.

Por exemplo, há temas que temos de deixar de ter complexos em assumir de forma clara, nomeadamente os valores da democracia e da liberdade que caracterizam Portugal e que estão consagrados na Constituição da República. Nós somos um país democrático e tolerante, com uma economia que necessita de investimento estrangeiro. Contudo, é importante assegurar que esses benefícios não comprometem a essência dos nossos valores e da liberdade que tanto prezamos. Teremos os braços abertos a todos os que desejam fortalecer a nossa economia e usufruir dessa liberdade, desde que estejam dispostos a abraçar como seus os mesmos princípios de liberdade e tolerância. Isto é uma ideia simples e clara.

Serei o primeiro a assumir o compromisso de garantir o acesso fácil às informações governamentais, aceitando a responsabilidade pelas suas ações, combatendo a corrupção e utilizando tecnologias inovadoras para fortalecer os mecanismos de transparência. Acreditamos que este compromisso é essencial para construir uma sociedade justa, ética e próspera para todos os portugueses.


No dia 25 de abril lançou a plataforma digital da sua campanha à presidência onde convida colaboradores. Como está a correr este apelo?

Muito bem. Continuamos em crescendo. Diariamente temos sugestões e pessoas que estão dispostas a doar o seu talento para ajudar e fazer parte deste “Coração da Mudança.”

A nossa plataforma está desenvolvida para interagir com as pessoas, para recolher os seus contributos e partilhar o que temos feito e as ações que vamos desenvolver.

Todos os que quiserem subscrever, doar o seu talento, ou que apenas tenham curiosidade sobre aquilo que pretendemos, podem visitar-nos e falar facilmente connosco.

Fonte: PME Magazine

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